Às vezes me fecho no meu mundo. É assim que encontro a pessoa despida que existe em mim. Que ninguém quer ver. Ninguém tem paciência de ver. Só as vezes. Mas eu a quero ver o tempo todo. É um vício, sabes? Podemos nos viciar em coisas simples e normais. Ou podemos nos viciar em nosso mundo privado. Todo vício tem resultados, não difere muita coisa. Eu sou a garota que estou sempre lá, mas nem sempre estou. Às vezes é o espectro de mim. Quem vai me ver, quando eu me perder?
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Tão eu
Eu sei que errei mais uma vez. Várias vezes em meio a vários acertos. Eu erro e acerto, acerto e erro. Mas é isso aí. Só pode ser assim. Eu não tenho intenção em ser popular. Quando estou no meio de um grupo quase posso sair de dentro de mim e entender tudo o que se passa ao redor. Quase é palpável. Sei quem me observa, sei quem finge, sei quem fala de mim. Acredito na minha força, mas no meio do jogo ela se perde por inúmeras vezes e eu me desestabilizo. Não que isto tenha ocorrido desta vez. Mas quando começo a sentir até onde vou ou posso ir, o tempo passa depressa demais. Eu não tive tempo de ser por completo uma coisa nem outra. Eu não quero ser popular porque eu quero ser eu. As vezes estou no meio das pessoas e não me sinto, ou o eu interior reclama por atenção e me incomoda. Hoje quando recebi minha nota de psicologia quis mantê – la só para mim. Acho que a quis resguardar da inveja. Da falsidade, do rebaixamento , porque ela é mais. Ela era conquista pessoal e eles não são nada. São colegas, outros que passam mais uma vez pela minha vida e que percebo perfeitamente. Não sei, não sei realmente quando sou inocente.( NA verdade sei) Às vezes falo coisas estúpidas e nem sei porque. Uma necessidade incrível de falar. Não que eu realmente quisesse dizer aquilo. Não que eu realmente pensasse daquela maneira. Deixa estar. Eu sei que estou no caminho. Eu tenho a força. Falta controlar. Nem muito forte, nem muito fraca. Um jogo puro e simplesmente. Talvez eu até me canse dele e comece a fazer batota só porque era mais engraçado. Tanto faz. O fim justifica os meios. Nem sempre baby, nem sempre.
sábado, 13 de novembro de 2010
OH baby estou pegando fogo quando o vento trespassa de um leve sopro para o desmantelar das minhas estruturas
Sabes que não há boémia que nos satisfaça
Pois somos os amantes de nós mesmos
Cheios de desejo e loucura
Olhos ardentes e aquela indiferença decadente que nos trespassa
Amor não há companhia para mim
Gosto da minha companhia solitária
Gosto do meu drama inquieto
Gosto das minhas manias e meus egoísmo
Gosto como tudo é simples e tão complicado
Gosto de como sou livre assim
Sou esnobe, sou nojenta
Sabes que sou tudo e nada
Do que um dia imitarás
Eu sou a árvore, que balança devagar, com suas folhas inquietas
Eu sou o momento e do passado não me lembro, pois ele não existe
Existe eu, e tudo que eu sei do mundo, tudo a que sou indiferente e dou tanta importância, pois é meu mundo limitado e onde crio minha fantasia
As vezes não enxergo mais as lindas palavras românticas a sair da minha boca
A entrega cega
Eu vejo aquele jogo selvagem que já sonhei em momentos anteriores da minha existência
Eu não gosto da selvageria
Gosto de fingir que não gosto
Gosto de fingir que faz diferença
Gostava de brincar de inocência
Mas parece mais divertido brincar de ser eu mesma
Parece reconfortante pensar o tempo todo
Ser rejeitada todos os dias e recomeçar outra vez
E me motivar outra vez
Pelo que nunca
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
My happy ending
Não gosto da massificação. Mas também não consigo viver sem desejá – la. Ter certeza de quem eu sou, estando sozinha em casa com o cabelo sujo e casaco sujo de molho ou numa festa com inúmeros convidados não é nada fácil, em nenhuma das situações. Eu cada vez me acostumo mais em estar sozinha. É tão mais fácil assim. O que as pessoas fazem ou deixam de fazer não me atingem tanto. Ajo mais por mim. Pelo cheiro nem sempre tão agradável que sinto emanar do meu corpo, ou pelo cabelo que mesmo problemático sempre esteve comigo. São tão meus quanto ou alguém pode ser meu. Não, eles são mais, porque sempre estiveram comigo. Goram esses os braços que sempre acompanharam meus passos. Até a minha reacção de choro. Acredita que em situações de pressão, mesmo que não esteja nervosa preciso chorar? Sim, é uma recorrência confortável para mim, não sei reagir de outra maneira de modo que pareça natural e compatível comigo. Chorar faz parte do processo de cura das minhas insatisfações. Também quando a situação está muito tranquila me incomoda. Parece que minha vida está estagnada e é uma merda. É assim que eu sinto. Não gosto de acreditar em mim talvez. Talvez porque exija atitudes que não quero reconhecer que preciso tomar. Ninguém pode entender mais meu psiquismo do que eu. Só me apetece dormir. Concentração.Grande merda. Não quero falar com ninguém mais, não quero fazer mais nada
sábado, 30 de outubro de 2010
Jantar
Pudera eu seguir – te as escuras
E sentir tuas palavras emanarem o tímido sabor
Que sinto nos dias quentes
O teu cheiro de Europa, perdido nas boémias
Premissas nunca foram necessárias
E nunca precisaríamos de história. Nós, amantes da arte?
Nós, vermes que para terra hão de voltar
Com suas loucuras imaginadas
E palavras proibidas
Nossa piada particular
Sinto – me tão insegura, aqui nos meus próprios anseios
E milhares de vícios que não são meus
Porque eu sou o espírito da noite, rodeado de sonhos, ansiosos por dispersar – se
Eu, sou a estrutura imensurável de meus caminhos tortuosos
Eu não amo nem desamo
Admiro os milésimos de segundo, e a perfeição das sequência do mundo
Admiro os pequenos actos irreconhecíveis
E os prazeres dispersos
E a ânsia de terminar, o que nunca começou
Constipação
Isto poderia ser um artigo de contestação qualquer, ou um estado de espírito, mas não, é mesmo meu estado de saúde
Planejei milhares de possibilidades para este fim de semana
Tudo culminou em muito sono, muita moleza, incapacidade de fazer qualquer coisa
Mas valeu a pena, comida não me faltou, vinho do porto ao fim do dia também não
(quer dizer, poderia ter um bocado mais, mas não interessa
E poderia ter alguma caixa de tabaco aberta também, mas não interessa)
Interessa é que preciso me recuperar logo para passar a semana, para viver ao máximo a semana
Gosto mesmo é de estar aqui, no meu quarto, cheia de ideias e possibilidades, cheia de amor por mim mesma,
Cheia de esperança no amanha
Eu gosto é desse ar bêbado dos dias frios
Gosto de sentir o amor perfeito nas minhas entranhas
Gosto de sonhar com os agitos da capital
E pensar em Hollywood a todo vapor
Gosto de pensar no meu amanhã, tanto como hoje, como tudo o que tinha
Gosto de viver por partes e viver por inteiro
Gosto de amar os meus momentos e aquilo que é só meu
E eu não me importo para onde o tempo vai me levar
Porque não importa
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
que o momento é tudo o que tenho
e sou, prisioneira das convenções sociais,
como era suposto
um sentimento constante de insatisfacação
lá no fundo sempre desponta
e eu não quero conselhos
quero dormir como uma sedentária
quero retroceder a mim mesma
quem vai dizer que estou errada,
quem vai dizer como eu deveria ser
para onde eu poderia ir?
se em qualquer lugar tem de ser do meu jeito
as paixões tem de ser como sonho
a vida tem de ser simples, como voar
nada além disto me agrada
estes momentos, que desejo desaparecer
não é suficiente viver
nem fingir
e isto é tudo o que me agrada