Não gosto da massificação. Mas também não consigo viver sem desejá – la. Ter certeza de quem eu sou, estando sozinha em casa com o cabelo sujo e casaco sujo de molho ou numa festa com inúmeros convidados não é nada fácil, em nenhuma das situações. Eu cada vez me acostumo mais em estar sozinha. É tão mais fácil assim. O que as pessoas fazem ou deixam de fazer não me atingem tanto. Ajo mais por mim. Pelo cheiro nem sempre tão agradável que sinto emanar do meu corpo, ou pelo cabelo que mesmo problemático sempre esteve comigo. São tão meus quanto ou alguém pode ser meu. Não, eles são mais, porque sempre estiveram comigo. Goram esses os braços que sempre acompanharam meus passos. Até a minha reacção de choro. Acredita que em situações de pressão, mesmo que não esteja nervosa preciso chorar? Sim, é uma recorrência confortável para mim, não sei reagir de outra maneira de modo que pareça natural e compatível comigo. Chorar faz parte do processo de cura das minhas insatisfações. Também quando a situação está muito tranquila me incomoda. Parece que minha vida está estagnada e é uma merda. É assim que eu sinto. Não gosto de acreditar em mim talvez. Talvez porque exija atitudes que não quero reconhecer que preciso tomar. Ninguém pode entender mais meu psiquismo do que eu. Só me apetece dormir. Concentração.Grande merda. Não quero falar com ninguém mais, não quero fazer mais nada
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