sábado, 30 de outubro de 2010

Jantar

Pudera eu seguir – te as escuras

E sentir tuas palavras emanarem o tímido sabor

Que sinto nos dias quentes

O teu cheiro de Europa, perdido nas boémias

Premissas nunca foram necessárias

E nunca precisaríamos de história. Nós, amantes da arte?

Nós, vermes que para terra hão de voltar

Com suas loucuras imaginadas

E palavras proibidas

Nossa piada particular

Sinto – me tão insegura, aqui nos meus próprios anseios

E milhares de vícios que não são meus

Porque eu sou o espírito da noite, rodeado de sonhos, ansiosos por dispersar – se

Eu, sou a estrutura imensurável de meus caminhos tortuosos

Eu não amo nem desamo

Admiro os milésimos de segundo, e a perfeição das sequência do mundo

Admiro os pequenos actos irreconhecíveis

E os prazeres dispersos

E a ânsia de terminar, o que nunca começou

Constipação

Isto poderia ser um artigo de contestação qualquer, ou um estado de espírito, mas não, é mesmo meu estado de saúde

Planejei milhares de possibilidades para este fim de semana

Tudo culminou em muito sono, muita moleza, incapacidade de fazer qualquer coisa

Mas valeu a pena, comida não me faltou, vinho do porto ao fim do dia também não

(quer dizer, poderia ter um bocado mais, mas não interessa

E poderia ter alguma caixa de tabaco aberta também, mas não interessa)

Interessa é que preciso me recuperar logo para passar a semana, para viver ao máximo a semana

Gosto mesmo é de estar aqui, no meu quarto, cheia de ideias e possibilidades, cheia de amor por mim mesma,

Cheia de esperança no amanha

Eu gosto é desse ar bêbado dos dias frios

Gosto de sentir o amor perfeito nas minhas entranhas

Gosto de sonhar com os agitos da capital

E pensar em Hollywood a todo vapor

Gosto de pensar no meu amanhã, tanto como hoje, como tudo o que tinha

Gosto de viver por partes e viver por inteiro

Gosto de amar os meus momentos e aquilo que é só meu

E eu não me importo para onde o tempo vai me levar

Porque não importa

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

deixa - me escrever livremente
que o momento é tudo o que tenho
e sou, prisioneira das convenções sociais,
como era suposto
um sentimento constante de insatisfacação
lá no fundo sempre desponta
e eu não quero conselhos
quero dormir como uma sedentária
quero retroceder a mim mesma
quem vai dizer que estou errada,
quem vai dizer como eu deveria ser
para onde eu poderia ir?
se em qualquer lugar tem de ser do meu jeito
as paixões tem de ser como sonho
a vida tem de ser simples, como voar
nada além disto me agrada
estes momentos, que desejo desaparecer
não é suficiente viver
nem fingir
e isto é tudo o que me agrada

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Tô de consciência pesada. Comi uma sandes inteira com três fatias de fiambre de peru e queijo branco. Tava com muita vontade de atacar o pão, comprei quentinho da padaria. Mas agora que comi já estava frio. Me sinto gorda e gulosa. Não sei porque motivo me culpo tanto, mas é assim, paranóia é paranóia. Não quero ver os quilinhos a mais na roupa, definitivamente não quero, e nem me acostumar a comer muito, porque gosto da sensação de barriga vazia. Gosto de sentir que cabia mais e eu parei. Ok, vou tentar parar de falar da minha gulosisse e paranóia adolescente. Vou falar da minha tristeza lá no fundo, que guardo só para mim de não ter ido ao concerto dos Guns. Três horas de show. E eu não fui. Ou talvez fale do concerto dos apocalyptica, que será semana que vem dia 12 no norte e eu não poderei ir. E a esse eu queria ir, mais do que os Guns. Mas tenho uma boa notícia, chegaram meus livros do Stephen King. Antes que eu me esqueça, vou avisar o meu pai que chegou enquanto escrevo isto. o.k. Não quero mais desabafar, entrei no msn, fiz merda e entrei no facebook, fiz merda pq to quase a me apaixonar por alguem que não vale a pena, simplesmente porque é ridiculo, e eu não deveria pensar nisso, e eu não deveria ter qualquer carencia afetiva, mas sou uma merda nessas cenas, e realmente não quero mais desabafar, quero ler meus livros e bye